quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

As quatro ciências

"A alquimia, a astrologia, a magia e a Cabala são temas sobre os quais muitos espiritualistas imaginam que devem ser instruídos. Pois bem, não é assim, e de mim devem esperar que eu aborde acima de tudo assuntos relativos à vida: como preservá-la, purificá-la, renová-la, sublimá-la. Aqueles a quem estes temas não interessam devem ir procurar noutro sítio.

Porquê a vida? Porque é concentrando-se na vida, aprendendo a respirá-la, a comê-la, a bebê-la, a irradiá-la, que vós sentireis todas as outras ciências descobrirem-se um dia perante vós. Nos mínimos atos da vida quotidiana, vereis correspondências com a astrologia, a alquimia, a magia, a Cabala. Na alimentação, encontrareis a alquimia; na respiração, a astrologia; na palavra e no gesto, a magia; e no pensamento, a Cabala. Aprendei, pois, a comer, a respirar, a agir e a pensar, e possuireis as bases destas quatro ciências."

Pensamento de 19 de Janeiro de 2015

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A Magia

"A magia é a ciência e a prática das influências. Se um objeto ou um ser exerce sobre o mundo ambiente uma influência favorável, diz-se que isso é magia branca; e se ele perturba, desorganiza, destrói, diz-se que é magia negra. Neste sentido, podemos considerar que tudo é magia: os gestos, as palavras, os olhares, os sons, as cores, as formas geométricas... E passa-se o mesmo relativamente aos animais, às plantas, aos minerais: na medida em que eles agem sobre os seres, os atraem ou os repelem, os curam ou os tornam doentes, eles possuem um poder mágico.
Quando nós olhamos o sol, as estrelas, as montanhas, os lagos, sentimos que eles agem sobre nós e nos influenciam. E também nós, de certo modo, os influenciamos. No universo, tudo é magia, porque tudo são influências recíprocas. Quando tiverdes compreendido isso e vos exercitardes a pensar, a sentir e a agir de um modo construtivo, harmonioso, tornar-vos-eis um mago branco."

Pensamento de 16 de Novembro de 2015

"A magia é a arte de exercer influências. E a palavra magia é tão mal compreendida pela maioria dos humanos porque eles não sabem ver a que realidades diferentes ela corresponde.
Existem seres que, escravos da sua natureza inferior, são animados pelo desejo de fazer mal e, para isso, servem-se de todos os meios físicos e psíquicos que têm à sua disposição. Outros, e são a maioria, não aprenderam a ver claro neles mesmos nem a controlar-se e ora fazem o bem, ora fazem o mal. Finalmente, uma terceira categoria de seres que realizaram todo um trabalho sobre si mesmos para se porem ao serviço do bem têm sempre um efeito benéfico, façam o que fizerem. Pois bem, pode-se dizer que a primeira categoria de seres corresponde aos feiticeiros, que votaram a sua vida ao mal; à segunda categoria correspondem os mágicos, que podem servir as boas ou as más causas; e à terceira categoria correspondem os magos, que são unicamente condutores da vida e do amor."

Pensamento de 26 de Abril de 2013


"A magia não é uma prática tão obscura e com­plicada como a maior parte das pessoas imaginam. A magia branca, tal como a magia negra, está baseada na ciência das vibrações e das diferentes qualidades de vibrações. O mago negro impregna os objectos e os seres com vibrações maléficas, nocivas, provocando acidentes e doenças. O mago branco, pelo contrário, comunica aos objectos e aos seres vibrações harmoniosas que favorecem o que há de melhor para todos.

Quer tenha consciência disso, quer não, aquele que se habitua a só introduzir por toda a parte influências benfazejas torna-se um verdadeiro mago branco. E aquele que emite, voluntariamente ou por ignorância, vibrações que semeiam a de­sordem, que criam dissonâncias, querelas, que se­param os seres e os desagregam, é um mago negro. Sabendo isto, cabe agora a cada um decidir­‑se num sentido ou no outro."

Pensamento de 15 de Dezembro de 2007

"Demasiadas pessoas falam de magia sem saberem o que é um mago.
Um mago verdadeiro é um criador que possui, antes de tudo, uma ciência. Mas essa ciência deve ser sustentada e vivificada pelo amor. Então, as palavras que ele pronuncia são verdadeiramente mágicas, porque estão cheias do amor e da luz que as tornam poderosas ao ponto de comandarem a matéria. A palavra só pode ser criadora, só pode agir sobre a matéria para a moldar, se estiver cheia de amor e de luz.
Todas as criaturas de Deus podem possuir um dia esta palavra mágica. Portanto, se vós também trabalhardes com a luz e o amor, as vossas palavras produzirão efeitos em toda a Criação, no mundo visível e no mundo invisível: elas porão em marcha não só os humanos, mas também os espíritos dos quatros elementos, os anjos, os arcanjos e as divindades."

Pensamento de 17 de Dezembro de 2011



"Na palavra “magia”, a maior parte das pessoas vê algo de inquietante, ameaçador, e não quer ter nada a ver com essa prática. Contudo, todos fazem magia; sim, inconscientemente, não se faz outra coisa. Segundo os critérios da justiça divina, cada mau pensamento e cada mau sentimento é magia negra, pois eles sujam, desagregam qualquer coisa. E, inversamente, tudo aquilo que harmoniza, constrói, embeleza, ilumina, entra na categoria da magia branca.
Então, em vez de ficarem com uma cara horrorizada quando ouvem falar de magia, os humanos fariam melhor se tentassem compreender a importância de cada uma das suas próprias manifestações. Sim, pois vêem-se muitas pessoas que nunca abriram um livro de magia, que nem sequer acreditam que a magia negra possa existir, mas que, pelo seu comportamento, pelos seus pensamentos, pelos seus sentimentos e pelas suas palavras são, na realidade, verdadeiros magos negros."

Pensamento de 08 de Julho de 2009

"Não vos preocupeis com as concepções erradas que a maior parte das pessoas tem em relação à palavra "magia" e esforçai-vos por tornar-vos magos brancos. Um mago branco é um ser que primeiro trabalhou para organizar e harmonizar o seu mundo interior a fim de que todas as suas células vibrem em uníssono. As vibrações que assim criou nele acompanham-no e, para onde quer que vá, ele introduz em tudo aquilo em que toca elementos fluídicos que, possuindo as mesmas qualidades que ele, restabelecem por toda a parte a ordem e a harmonia. Desejando fazer sempre o bem, consolar, apaziguar, iluminar e vivificar as criaturas, cada um pode preparar-se para se tornar um mago branco, um filho de Deus. Enquanto não estiverdes instruídos sobre esta realidade, inconscientemente sereis impelidos a prejudicar e a fazer mal."

Pensamento de 22 de Dezembro de 2006

"De onde vem o poder de um mago? Do facto de ele ser capaz de fornecer às entidades do mundo invisível a matéria-prima graças à qual elas entram em contacto com o plano físico e agem sobre ele. Consoante as suas preocupações, as suas atividades, ele liberta fluidos de uma determinada natureza e são esses fluidos que permitem às entidades tomar forma e agir.
Um ser animado de intenções criminosas atrai, pelas suas emanações, uma multidão de espíritos tenebrosos: eles acorrem para se alimentar de todos os miasmas que emanam dele e fazer mal. Não é o próprio homem que faz o mal, mas ele fornece os meios para isso, a matéria de que os outros se servirão.
E, inversamente, a presença de um mago branco fornece aos espíritos luminosos a matéria de que eles se servirão para levar bênçãos por toda a parte. Vós trabalhais para a luz, praticais o bem? Então, emana de vós uma matéria muito pura que as entidades celestes vêm recolher. Exatamente como as abelhas recolhem o néctar das flores para preparar o mel."

Pensamento de 20 de Novembro de 2013




"A grandeza de um ser, a sua verdadeira força, não está em obter poderes, mas em abster-se de os utilizar no seu próprio interesse. Aquele que se serve de práticas mágicas para obter amor, glória, poder, dinheiro, ou para se ver livre de um adversário, na realidade faz magia negra; tudo o que ele conseguir obter desse modo voltar-se-á contra ele um dia e ele perderá tudo.
A verdadeira magia, a magia divina, consiste em utilizar todas as suas faculdades, todos os seus conhecimentos, para a realização do Reino de Deus em si mesmo e nos outros. Muito poucos magos chegam a este grau superior em que já nem sequer se tem interesse pela magia em si mesma, em que já nem sequer se realiza operações mágicas, onde se deixa de querer comandar os espíritos para satisfazer meras ambições pessoais, em que o único objectivo é trabalhar pela luz e para a luz. Aqueles que o alcançam são teurgos, isto é, seres que praticam a magia divina.
O seu trabalho é absolutamente desinteressado, eles são benfeitores da humanidade."

Pensamento de 04 de Maio de 2009

"O Universo forma uma imensa unidade onde tudo está ligado.
Portanto, qualquer objecto material tem um correspondente nos planos subtis, particularmente no plano astral. É nesta lei que os magos baseiam a sua actividade: eles ligam determinado objecto físico a determinada corrente de forças que lhe corresponde, servindo-lhe esse objecto de suporte para mobilizarem as forças.
Um objecto com linhas harmoniosas, belas cores e feito de uma bela matéria corresponde, nos planos subtis, a algo benéfico e vivo. Vós podeis servir-vos dele para remexer as camadas superiores do plano astral, graças às forças que as virtudes divinas representam. Ao mesmo tempo que vos concentrais nessas virtudes e as reforçais em vós, esse objecto serve-vos para contactar forças benéficas que se derramarão sobre vós e sobre os seres que vos rodeiam."

Pensamento de 23 de Junho de 2008


"O sal tem a propriedade de conservar os alimentos evitando que eles apodreçam e é usado em certas cerimónias religiosas, como o baptismo cristão, por exemplo, mas também nos rituais de exorcismo para expulsar os demónios e libertar as pessoas de feitiços. Não existe, pois, qualquer diferença profunda entre certos ritos religiosos e ritos mágicos. A cerimónia do baptismo, na qual o sacerdote verte água sobre a criança e lhe põe sal nos lábios, tem por objectivo lavá-la do pecado original e proteger a sua alma dos ataques do demónio.

A maior parte dos rituais da religião cristã, como os das outras religiões, são rituais mágicos. Mas, evidentemente, a magia é um domínio que se deve abordar com muito discernimento. E sobre­tudo devemos ter o cuidado de só utilizar os seus métodos para o bem, a fim de nos manifestarmos como um mago branco que leva, a toda a parte por onde passa, a paz e a luz."

Pensamento de 14 de Abril de 2007

"Tradicionalmente, representa-se o mago com uma varinha na mão direita. Esta varinha tem por missão estabelecer um contacto entre o alto e o baixo; por outras palavras, entre o mundo psíquico e o mundo físico, a fim de permitir a uma ideia, a uma vontade, a uma imagem, concretizar-se, rea­lizar-se na matéria.
Quando Jesus diz no “Pai-nosso”: «Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no Céu», ele realiza um acto mágico, pois, pelas suas palavras, está já a criar uma ligação entre o alto e o baixo. E ele pede a todos os homens para terem também uma função mágica: atrair a pureza, a luz, a har­monia do mundo celeste, para que a terra se torne um reflexo do Céu. O único meio para realizar este ideal é manter ininterruptamente, com todo o seu ser, o contacto com o Céu, a fim de fazer circular a corrente. A varinha mágica é, pois, como uma ficha eléctrica que cada um deve começar por ligar no Céu para poder agir sobre a terra segundo as leis do bem."

Pensamento de 19 de Setembro de 2007

"Para quem sabe interpretá-las, as cartas do Tarot estão cheias de significados. Consideremos a primeira carta, o Mago, que corresponde à primeira letra do alfabeto hebraico, Aleph. Ela representa um homem sentado diante de uma mesa, com um braço erguido e o outro para baixo. É, pois, um homem que está a agir.
Mas, o que faz ele? Por intermédio do braço erguido, está em contacto com o Céu, e, por intermédio do braço que está para baixo, está em contacto com a terra, com os humanos. As forças do Céu que ele recebe atravessam-no e ele dá-as à terra. Ele é a letra Aleph (a), que, esquematicamente, se assemelha a um homem com um braço estendido para o Céu e outro estendido para a terra.
Mas ser Aleph é também saber pegar nas forças da terra e projectá-las para o Céu, ou seja, manifestar-se como um intermediário. Foi o que Jesus expressou ao dizer: «Ninguém pode ir ao Pai senão através de mim.» Aleph é um símbolo do homem perfeito, porque, estando ligado ao Céu, ele trabalha para a terra, para toda a humanidade."

Pensamento de 04 de Agosto de 2010




"Está escrito no livro dos Provérbios que, antes de criar o mundo, Deus começou por traçar um círculo para fixar os seus limites. E tudo o que existe só confirma até que ponto os limites são necessários, indispensáveis, à criação e à conservação das coisas e dos seres. A célula está rodeada por uma membrana, o cérebro está fechado na caixa craniana, etc. E qual é a função da pele? Ela serve de limite. Observai as coisas que vos rodeiam e encontrareis por toda a parte a repetição do círculo que Deus traçou como limite para a sua criação. Se não se fecha um perfume num frasco, ele evapora-se. Quando se constrói uma casa, primeiro deve-se delimitá-la com paredes. Sem paredes, como poderia existir a casa?
Acontece o mesmo no plano espiritual, nele também são necessários limites. Um mago, antes de invocar os espíritos luminosos para eles participarem no seu trabalho, traça um círculo em seu redor; ele fixa as fronteiras do território no interior do qual vai operar. O discípulo também deve aprender a traçar todos os dias à sua volta, pelo pensamento, um círculo de luz. Sem esse círculo, as suas energias espirituais dispersam-se e ele já não fica protegido."

Pensamento de 13 de Agosto de 2015


"É dito no Livro da Génese que Deus criou o homem à Sua imagem. Mas, quantos são os hu­manos que estão conscientes de ser portadores da imagem de Deus? A maior parte deles deixaram acumular-se tantas camadas de impurezas sobre essa imagem que os seus traços estão quase apagados. No dia em que o ser humano conseguir fazê-la aparecer de novo nele, os espíritos da Na­tureza pôr-se-ão ao seu serviço. Quando ele tiver um pedido a fazer-lhes, eles ficarão felizes por satisfazê-lo, pois verão essa imagem, a única que respeitam.
Se não vêem em vós essa imagem, essas entidades não só se opõem a vós como podem até desagregar-vos. Foi deste modo que certos magos negros, que quiseram comandar os espíritos da Natureza, se tornaram suas vítimas: os espíritos vingaram-se e despedaçaram-nos, pois não gos­tam de obedecer a pessoas que não têm amor, nem pureza, nem luz, e que tentam impor-se a eles só pela força dos esconjuros. O único poder que eles respeitam é a luz que o Iniciado projecta quando conseguiu fazer aparecer nele a verda­deira imagem de Deus."


Pensamento de 26 de Agosto de 2001

"Está escrito no Génesis que a serpente era «o mais manhoso de todos os animais dos campos.» Foi ela que convenceu Adão e Eva a desobedecerem às ordens de Deus e a comerem o fruto da Árvore do conhecimento do bem e do mal. Mas no livro do Êxodo está escrito que Moisés, por ordem de Deus, tinha mandado fazer uma serpente de bronze e que aqueles que olhavam para essa serpente ficavam curados. E quando Jesus envia os seus discípulos em missão, diz-lhes: «Sede prudentes como as serpentes e simples como a pomba.» Ele apresenta a serpente, pois, como um símbolo de sabedoria. Do mesmo modo, na Índia os sábios são por vezes designados por “nagui”, que significa serpente. A serpente é, pois, apresentada como uma entidade benéfica ou maléfica.
Como explicar esta aparente contradição?
Como foi a serpente que incitou Eva e Adão a provarem o fruto da Árvore do conhecimento do bem e do mal, ela tornou-se um símbolo do conhecimento. Ora, o conhecimento é neutro. Ele é bom ou mau consoante o modo como é utilizado. Os seres mais instruídos podem ser os maiores benfeitores ou os maiores criminosos. Conhecer dá poderes. Aqueles que utilizam o seu saber para o mal estão ligados ao aspeto tenebroso da serpente, são os magos negros. E aqueles que o utilizam para o bem estão ligados ao seu aspeto luminoso, são os magos brancos."

Pensamento de 19 de Outubro de 2012

"A ideia que muitas pessoas têm da vida espiritual consiste em encontrarem-se com um mago ou um Iniciado que lhes revelará segredos sensacionais graças aos quais serão transformadas instantaneamente. Lamento, mas tais segredos não existem. A transformação dos seres só é possível por um trabalho individual quotidiano e assíduo.
Se alguém vos diz: «Toma esta fórmula mágica, este talismã, e terás saúde (se fordes doentes), serenidade (se estiverdes angustiados), força (se fordes fracos)», pois bem, ficai a saber que isso são mentiras de uma criatura que está interessada em enganar-vos. Um verdadeiro Iniciado, pelo contrário, dir-vos-á:
«Meus filhos, tudo é possível, mas só se fizerdes esforços; e, então, o que tiverdes obtido será tão estável que ninguém vo-lo poderá tirar.» Vós deveis saber que tudo o que se obtém por processos mágicos – e é verdade que há processos desses com uma certa eficácia – nunca pode ser definitivo: pouco tempo depois, perde-se tudo o que se julgava possuir. Só se conserva o que se obteve interiormente por intermédio de esforços pessoais; é uma lei absoluta."

Pensamento de 11 de Março de 2009

"O sangue tem a propriedade de emanar eflúvios de que as entidades do mundo invisível se alimentam. Por isso, desde a mais alta Antiguidade, os sacerdotes usavam o sangue das vítimas oferecidas em sacrifício aos deuses para evocar entidades celestes ou infernais. Mesmo a literatura relata tais factos, a “Odisseia” de Homero e a “Eneida” de Virgílio, por exemplo. Atualmente, ainda são praticados sacrifícios desses em todos os países do mundo, em particular pelos feiticeiros e pelos magos negros. Os magos brancos não sacrificam os animais inocentes para oferecer o seu sangue como repasto às entidades do mundo invisível. Mas é importante conhecer esse poder mágico do sangue. Como ele contém muitas matérias preciosas que podem servir de alimento a toda a espécie de espíritos, há que tomar certas precauções. Se perderdes sangue seja de que maneira for, é preferível que não o deixeis secar nem o elimineis antes de o consagrardes a uma causa benéfica. Desse modo, protegeis-vos da ação das entidades tenebrosas do plano astral, pois tais entidades estão sempre à espera de ser alimentadas por essas emanações para se reforçarem."

Pensamento de 20 de Junho de 2013

"Guéburah é a quinta séfira da Árvore Sefiró­tica. Os cabalistas associam a ela o planeta Marte. Guéburah representa a energia combativa, aquela que protege e repele os inimigos. E como o número cinco é o de Guéburah, o pentagrama – a estrela de cinco pontas – é muitas vezes utili­zado pelos magos como protecção: eles colocam­‑no à entrada da sua casa para proibir os espíritos infer­nais de lá entra­rem, mas também para im­pedir os Espíritos lumi­nosos de sairem.
Evidentemente, não basta colocar um penta­grama à entrada da sua casa para estar protegido. Este símbolo só se torna verdadeiramente eficaz para aquele que trabalha com o propósito de se tornar ele mesmo, interiormente, um pentagrama. O pentagrama é, de algum modo, como o esque­leto de um espírito do plano astral ao qual é pre­ciso dar vida para que ele monte guarda à entrada da casa e a defenda contra as entidades malfa­zejas. Mas vós só podeis vivificá-lo pela vossa própria vida, uma vida de honestidade, de integri­dade, ao serviço da luz."

Pensamento de 13 de Abril de 2003

"Um amigo deu-vos um objeto. Mesmo que seja uma pedra, ele pode tornar-se para vós um talismã. Ao dar-vos o objeto, esse amigo impregnou-o com boas vibrações do seu coração, da sua alma, e vós sentis os seus efeitos. Mas, agora que o objeto está na vossa posse, sois vós que tendes o poder de manter o que ele lá pôs. Tocando-lhe com a convicção de que ele contém forças que vos são benéficas, pois foi um amigo que lhas transmitiu, podeis manter os movimentos dos eletrões que animam a matéria.
Os objetos, tal como os seres, precisam de ser alimentados e vós alimentai-los com a vossa atenção, os vossos pensamentos, os vossos sentimentos. Se os esquecerdes, se os deixardes algures a cobrirem-se de pó, eles perderão o seu poder. Aliás, é fácil aperceberdes-vos disso. Um determinado objeto, que representava algo de importante para vós, um dia já não vos diz nada. Durante um certo tempo, ao passardes perto dele sentíeis que ele irradiava, que ele vos fazia sinais, e agora ele está sem brilho e mudo. O poder de um talismã depende sempre da atenção e da fé daquele que o possui. Mesmo que ele vos tenha sido dado por um grande mago, cabe-vos a vós mantê-lo vivo."

Pensamento de 14 de Março de 2015

"Todos os objectos, em si mesmos, são neutros. Mas, qualquer que seja o objecto, o homem tem o poder de agir sobre ele pelo pensamento a fim de o fazer servir para o bem ou para o mal. E é isso a magia. Um mago é um ser que é capaz de infundir nos objectos propriedades, poderes, que eles antes não possuíam. Um mago branco extrai elementos da sua própria quinta-essência para os introduzir nos objectos e é assim que ele os trans­forma em talismãs portadores de todas as bên­çãos. E não falemos do mago negro.
Quanto a vós, não deveis ocupar-vos de magia senão para fazer todos os dias um trabalho bené­fico pelo pensamento. Em todos os lugares onde ides, em todos os objectos que tocais, esforçai­‑vos por introduzir, pelo pensamento, partículas de luz arrancadas ao vosso coração e à vossa alma. Deste modo, criareis no mundo invisível espaços sagrados que agirão beneficamente sobre todas as criaturas."

Pensamento de 15 de Junho de 2003

"Há imensas pessoas que se interessam pela ciência esotérica sem estarem preparadas para ela. Fazendo citações tiradas daqui e dali, em livros de que não compreenderam grande coisa, elas sentem-se orgulhosas por passarem por astrólogos, alquimistas, magos, cabalistas… Mas, coitadas, não se apercebem de que a sua existência e todo o seu ser estão numa imensa desordem que não tem qualquer relação com a astrologia, a alquimia, a magia ou a Cabala verdadeiras. Seria preferível que deixassem todas essas ciências sossegadas! É na vida quotidiana que primeiro é preciso mostrar que se sabe qualquer coisa.
Lendo livros, é claro, consegue-se sempre adquirir conhecimentos e até ficar muito erudito. Mas isso não é o verdadeiro saber. O verdadeiro saber é ser capaz de se dominar, de se libertar das suas fraquezas, de já não ser continuamente vítima de dilacerações interiores. Aquele que possui o verdadeiro saber procura manifestar-se por toda a parte como uma presença luminosa e benfazeja. E só depois é que o estudo das ciências esotéricas lhe trará, verdadeiramente, alguma coisa. "

Pensamento de 22 de Janeiro de 2016

"Aqueles que agem mal serão vítimas, mais cedo ou mais tarde, das desordens que criaram neles mesmos. Eles julgar-se-ão muito fortes por acre­ditarem que podem fazer tranquilamente o que quer que seja, mas as suas más acções inscrevem-se na sua consciência e, mais dia, menos dia, virão assal­tá-los e fazê-los perder a paz. Mesmo um mago, que comanda toda a Natureza e a quem os espíritos obedecem, não pode escapar a esta lei, porque não existe poder algum capaz de tranquilizar um homem que é atormentado por um sentimento de culpa. Portanto, só deveis contar com as vossas acções rectas e honestas. Quando transgredis uma lei, perdeis os vossos poderes. Eles só voltam quando conseguis reparar os vossos erros. O que diferencia os verdadeiros magos dos homens vul­gares é o facto de eles conseguirem reparar rapida­mente os seus erros; o seu poder reside na possi­bilidade que eles têm de reparar. Enquanto não cor­rigem os seus erros, o seu poder é insuficiente para apaziguar a sua consciência; mas, ao corrigi­‑los, eles agem indirectamente sobre a sua cons­ciência e recuperam a paz."

Pensamento de 5 de Agosto de 2003

"O que é um talismã? Um objecto que, graças aos materiais de que é composto, aos símbolos e caracteres que tem inscritos, deve atrair e reter influências. Por isso, o mago que prepara um talismã deve saber como os objectos físicos po­dem entrar em relação com as forças da Natu­reza e os seres invisíveis.
Pode dizer-se que o trabalho do mago é idên­tico ao da Natureza, que enche as pedras, as plantas, os animais e até os humanos com uma essência particular que depois se pode utilizar. O mago tira partido da presença das energias natu­rais em todas as coisas para reforçar, para ampli­ficar essas energias; ele possui, pois, um grande poder. Por isso, ele deve conhecer bem as leis e só preparar talismãs portadores das me­lhores influências, que porá ao serviço do bem de todos."

Pensamento de 1 de Abril de 2002

"Vós quereis, por exemplo, usar um talismã, para ficardes protegidos das agressões do mundo psíquico: ides a uma loja comprar um pentagrama, a estrela de cinco pontas, porque lestes que esse símbolo tem virtudes protetoras especiais. Pois bem, desenganai-vos! Se usardes esse pentagrama ou o puserdes à entrada da vossa casa, só ficareis protegidos se vós próprios o impregnardes de vibrações puras e harmoniosas com o vosso trabalho interior. Mesmo admitindo que um grande mago o tenha preparado para vós, esse talismã só poderá continuar a ser eficaz e poderoso se trabalhardes para adquirir as cinco virtudes nele simbolizadas: o amor, a sabedoria, a verdade, a justiça e a bondade.
O pentagrama é, de alguma forma, como que o esqueleto de um espírito do plano astral, mas é preciso dar-lhe vida, para que ele monte guarda junto de vós ou à entrada da vossa casa e vos proteja das entidades malfazejas. E só podeis vivificá-lo por intermédio da vossa própria vida, uma vida honesta, íntegra, ao serviço da luz. "

Pensamento de 1 de Maio de 2017


"Agora, que as ciências ocultas estão na moda, há cada vez mais pessoas desejosas de possuir talismãs. Mas, para quê? Para serem apoiadas num trabalho luminoso, desinteressado, ou para obterem sucessos materiais sem terem de fazer qualquer esforço? Infelizmente, por detrás desse desejo de possuir um talismã existem, na maior parte dos casos, as cobiças e a preguiça. É inútil estudar, reflectir, meditar, orar, estar vigi­lante: o talismã está ali, ele é que fará o trabalho, e entre­tanto o seu proprietário irá passear e pro­var todos os prazeres, servindo-se das vantagens que o talismã lhe terá proporcionado. Pois bem, não é para isso que deve servir um talismã. Por essa razão, um verdadeiro mago não satisfaz todos os pedidos; ele estuda as pessoas e só aceita pre­parar um talismã para aquelas que ele sente que farão dele um bom uso para si mesmas e para os outros."

Pensamento de 21 de Agosto de 2003

"Só pode obter resultados no plano espiritual aquele que possui as qualidades e virtudes necessárias para sustentar a sua acção. Por exemplo: quereis usar um talismã, porque pensais que ele vos protegerá e vos manterá no caminho da luz... Assim, ides a uma loja comprar um pentagrama, porque lestes que esse símbolo possui virtudes protectoras. Pois bem, desenganai-vos! Um talismã não serve para nada se vós não o impregnardes de vibrações puras e harmoniosas pelo vosso trabalho interior. Mesmo admitindo que um grande mago o tenha preparado para vós, esse talismã só poderá continuar a ser eficaz e poderoso se continuardes a alimentá-lo com os vossos pensamentos, os vossos sentimentos, as emanações da vossa vida pura; senão, ao fim de algum tempo perderá as suas forças e morrerá. O poder de um talismã depende das qualidades da pessoa que o usa."

Pensamento de 4 de Agosto de 2004

"Não basta conhecer os métodos que permitem a alguém tornar-se médium, mago, alquimista, etc. É preciso questionar-se, à partida, sobre o propósito para o qual se trabalha e saber que há leis que é preciso respeitar. Aqueles que praticam os métodos do ocultismo só por interesse pessoal infringem as leis da harmonia cósmica; por fim, é o próprio Cosmos que os veta e eles fracassam lamentavelmente.
Muitos ocultistas ou pretensos espiritualistas procuraram obter resultados sem se preocuparem em saber se agiam em harmonia com os projetos da Inteligência Cósmica e acabaram muito mal. As obras sobre ciências ocultas propõem um grande número de métodos, de fórmulas, de rituais; mas, além de muitos comportarem riscos, nenhum desses métodos tem tanto valor como aquele que consiste em entrar em harmonia com a ordem cósmica. E as coisas vão ainda mais longe: para aqueles que não procuram essa harmonia e deixam as tendências anárquicas tomarem preponderância neles mesmos, as práticas mais inofensivas tornam-se perigosas e viram-se contra eles."

Pensamento de 28 de Junho de 2017

"Para aquele que sabe compreendê-lo e mani­festá-lo, o amor representa uma força extraordi­nária. Só ele conhece tudo e pode solucionar tudo, pois é capaz de desencadear e de projectar forças insuspeitadas. Está escrito que Deus é Amor. Mas, quando se vê as guerras que o amor traz aos humanos, percebe-se todo o trabalho que eles ainda têm de fazer, todo o caminho que eles ainda têm de percorrer para se elevarem até esse amor divino. Mas vale a pena, pois o verdadeiro mago, o mago com todos os poderes, é o amor. Vós de­veis convidá-lo a instalar-se em vós, e então, tal como a chama que brilha através da chaminé de um candeeiro, para onde quer que vós fordes, o vosso amor irradiará e brilhará à vossa volta."

Pensamento de 23 de Janeiro de 2002

"As nossas mãos são como antenas: têm a possibilidade de captar correntes de energias que circulam no espaço, mas também de projetar forças. Vós direis que isso é magia. Sim, tudo o que fazemos, e em particular o que fazemos com as nossas mãos, é magia. E os magos são aqueles que sabem servir-se conscientemente das suas mãos para receber correntes de forças ou projetá-las, para as reter ou as orientar, para as intensificar ou as atenuar. Foi o Criador que dotou as nossas mãos de tais poderes e cabe-nos a nós ser magos brancos, que só trabalham com as forças da luz.

Certos gestos da vida quotidiana são indicadores deste saber milenar relativo às nossas mãos e aos seus poderes. Por exemplo: em todos os países, o que é que as pessoas fazem quando se encontram ou se separam? Erguem o braço para fazer uma saudação ou cumprimentam-se com um aperto de mãos. A mão serve, pois, como meio de emissão e de receção entre os humanos. Por isso, eles devem estar particularmente atentos em relação àquilo que transmitem por intermédio das suas mãos."

Pensamento de 28 de Janeiro de 2018




"As nossas mãos são como antenas que têm a possibilidade de captar correntes de energias, mas também de as projectar. Alguns dirão: «Mas isso é terrível, é magia!» Sim, claro, é magia, tudo o que se faz é magia. Magos são aqueles que sa­bem servir-se das suas mãos para receber forças ou projectá-las, para as reter ou as orientar, para as amplificar ou as diminuir. E não há razão para ficar assustado ou se indignar, pois foi o Criador que dotou as nossas mãos de tais poderes. Só que é preciso estudar para aprender a ser um mago branco que só trabalha com as forças da luz.
Se se soubesse observar, reconhecer-se-ia em certos gestos da vida quotidiana um sinal desse saber milenar relativo às nossas mãos e aos seus poderes. Observai: em todos os países, o que é que fazem as pessoas quando se encontram ou se separam? Elas erguem o braço para enviar uma saudação ou então apertam as mãos. A mão serve, pois, como meio de emissão e de recepção entre os humanos. Por isso, eles devem estar particular­mente atentos em relação àquilo que dão com as suas mãos."

Pensamento de 31 de Agosto de 2001

"Quando vós fazeis gestos harmoniosos ao falar, ao comer, ao deslocar os objectos, etc., já estais a desencadear em vós forças benéficas que acabarão por agir também favoravelmente sobre os outros. Por isso, se vos interessardes pela magia, não procureis nos rituais ou nos livros dedicados a este assunto, ela está aí ao vosso al­cance, nos vossos gestos. No dia em que tiverdes aprendido a dominar os vossos gestos para os tornar harmoniosos, benéficos, tornar-vos-eis um verdadeiro mago branco. A verdadeira magia, a magia divina, não consiste em agir sobre os outros, mas em primeiro lugar sobre si mesmo, ela está baseada nos gestos mais minúsculos da vida quotidiana. Se não começardes por trabalhar sobre os vossos gestos, jamais conhecereis a magia branca. Pelo contrário, podeis estar certos de que sereis incessantemente expostos a com­portar-vos como um mago negro que introduz a desordem por toda a parte onde passa. Então, atenção!, pois sereis sempre vós os primeiros a recolher os efeitos benéficos ou maléficos dos vossos gestos, mesmo que os tenhais feito incons­cientemente."

Pensamento de 22 de Fevereiro de 2001

"Será que os pensamentos se realizam ime­diatamente? Sim, mas na sua própria região, o plano mental. Para que eles se realizem no plano físico é preciso muito tempo, pois têm de atra­vessar as diferentes camadas do plano astral (o plano dos sentimentos), que é a região interme­diária entre o plano mental e o plano físico. Por­tanto, se se deseja que os pensamentos se reali­zem mais rapidamente, é preciso alimentar em si sentimentos que correspondam a esses pensa­mentos. Vós vistes na Natureza como o sol age sobre o ar (os ventos), o ar sobre a água (os oceanos) e a água sobre a terra (os rochedos). Segundo a lei das correspondências, o sol repre­senta o espírito, o ar o pensamento e a água o sentimento, que age sobre a terra, o mundo fí­sico. Os maiores magos têm o poder de materia­lizar o seu pensamento porque aprenderam a trabalhar sobre os intermediários que permitem descer gradualmente até ao plano físico."

Pensamento de 2 de Julho de 2002

"Quereis saber como alimentar o fogo sagrado em vós? Lançai-lhe todos os dias pedaços da vossa natureza inferior. Sim, porque é a natureza inferior, a personalidade, que está predestinada a alimentar o fogo do espírito. Por isso, parai de vos lamentar por não conseguirdes desembaraçar-vos da vossa natureza inferior, pois sem ela não só não poderíeis subsistir na terra, como não teríeis elementos para alimentar o vosso espírito.
Existe uma lei mágica segundo a qual, se quereis obter resultados no plano divino, deveis sacrificar qualquer coisa da vossa personalidade. E, se estiverdes com um Iniciado, um Mago, um grande Mestre, e lhe pedirdes, por exemplo, a cura para vós mesmos, para um membro da vossa família ou para um amigo, ou o sucesso de certas iniciativas, ele explicar-vos-á que isso só é possível se renunciardes a certas fraquezas. A renúncia às satisfações inferiores é como um fogo que liberta energias, e essas energias vão alimentar a realização de tudo o que desejais de bom para vós mesmos e para os outros. "

Pensamento de 21 de Agosto de 2010

"O fogo, na Ciência Iniciática, é considerado o meio mais poderoso para entrar em contacto com o mundo espiritual, pois ele representa o limite entre o plano físico e o plano etérico. Os Iniciados têm o hábito de acender uma chama antes de começarem um trabalho com alguma importância precisamente porque eles sabem que o fogo os introduzirá nas regiões subtis onde o seu pensamento e a sua voz serão ouvidos e encontrarão condições de realização. Todos os verdadeiros magos têm uma ligação muito poderosa com o fogo. Apesar de a religião ter perdido, cada vez mais, o sentido dessas práticas iniciáticas, nas Igrejas continua-se a manter a tradição de acender velas ou lamparinas; isso é a prova de que os humanos conservam, inconscientemente, esse saber muito antigo de que a presença do fogo é uma garantia de realização."

Pensamento de 24 de Dezembro de 2004




"Aprendei a servir-vos da água para o vosso trabalho espiritual. Por exemplo: depois de terdes lavado bem as mãos, pegai num copo de água pura, de preferência de nascente, segurai-o na mão esquerda, mergulhai nele um ou vários dedos da mão direita, concentrando-vos sobre uma qualidade que gostaríeis de adquirir, um progresso que queríeis realizar, ou mesmo para melhorar a vossa saúde. Houve magos brancos que curaram doentes dando-lhes a beber água que assim tinham magnetizado. Mas vós, ao fazer este trabalho com a água, não imagineis que deste modo ireis recuperar imediatamente a saúde ou mesmo curar doentes. Isso seria muito presunçoso. Eu só vos dou este método como exercício, a fim de aprenderdes a servir-vos da água como suporte do vosso trabalho espiritual. Bebei-a em seguida ou regai as flores com ela."

Pensamento de 29 de Outubro de 2004

"De onde vem o poder da palavra? Não é da própria palavra que foi pronunciada, mas da energia, da quinta-essência de que ela está impregnada, quinta-essência essa que se encontra na aura dos seres. O poder de um mago, de um teurgo, vem do facto de ele saber impregnar de luz as palavras que pronuncia, e esta luz é a sua aura, que é abundante, intensa, pura. A palavra é o receptáculo de uma força, e ela produz efeitos tanto mais poderosos quanto mais impregnada estiver desse elemento criador, a luz. Não é dado a uma qualquer pessoa pronunciar as palavras mágicas que irão produzir grandes efeitos. Só um mago verdadeiro pode comandar as forças da Natureza e atrair os seres superiores, pronunciando algumas palavras, sem forçar a voz, sem fazer gestos, apenas pela força interior da sua aura. Não foi a palavra que criou o mundo, foi o Verbo. A palavra é o meio de que o Verbo se serve para realizar o trabalho de criação. O Verbo é o primeiro elemento que Deus pôs em acção; a palavra é o meio que permite ao Verbo manifestar-se."

Pensamento de 8 de Janeiro de 2005

"O que é uma varinha mágica? Como ela tem o nome de “mágica”, imaginais que se trata de um objecto dotado de poderes sobrenaturais no qual basta pegar, pronunciando algumas fórmulas misteriosas, para comandar os espíritos e realizar prodígios. Pois é, foi isto que lestes nos contos! Mas uma varinha mágica, tal como uma fórmula mágica, é só um sinal exterior, material, da ligação interior, viva, que o mago tem de estabelecer entre o mundo do Alto e o mundo de baixo. É primeiro em si mesmo que ele tem de criar esta ligação viva entre a terra e o Céu, pois o poder mágico é a vida. O facto de ele ter ou não uma varinha na mão, no plano concreto, é secundário para o exercício do seu poder."

Pensamento de 27 de Abril de 2005

"Não imagineis que para uma pessoa se tornar um mago negro tem de ter um mestre diabólico que lhe ensine a arte dos encantamentos e das conju­rações maléficas. Isso pode acontecer, mas para tal não é absolutamente necessário receber um ensinamento. Sem mestre, sem nada, qual­quer um pode tornar-se um mago negro: basta deixar-se guiar pela sua natureza infe­rior. Sim, aquele que se abandona aos seus maus instintos, que transgride incessantemente as leis da bon­dade, da justiça, do amor, que procura vencer à custa dos outros, eliminá-los, destruí­‑los, só pode tor­nar-se um mago negro. E, de igual modo, aquele que só pensa em ajudar os outros, em esclarecê­‑los, mesmo que não tenha mestre para o instruir está a tornar-se um mago branco."

Pensamento de 18 de Novembro de 2002

"Certos magos ou feiticeiros têm a fama de conseguir ressuscitar os mortos. Na realidade, não se trata de verdadeiras ressurreições: usando certos métodos que conhecem, esses feiticeiros conseguem evocar entidades terrestres ou subterrâneas que introduzem no cadáver para o reanimar. Não é o espírito do morto que volta, mas outras entidades que, por meio de esconjuros, eles conseguem fazer entrar nesse corpo e manter nele por algum tempo.
Todos aqueles de quem se diz que foram ressuscitados não estavam realmente mortos, mesmo que se tenha pensado que o estavam pelo facto de o seu coração ter parado de bater. A verdadeira morte não se dá quando o coração pára de bater, mas quando ele perde o seu calor. Enquanto o coração se mantém quente, o homem pode ser trazido de volta à vida, por fricções ou outros cuidados, ou mesmo pelos meios da magia divina. Mas, quando o coração fica sem calor e se parte o fio de prata, que liga o corpo físico ao corpo etérico e ao corpo astral, já nada se pode fazer para o trazer de volta à vida. "

Pensamento de 19 de Junho de 2011


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

As Abelhas


"As abelhas captam o néctar das flores, esse líquido açucarado com o qual depois fazem um alimento delicioso, o mel. Simbolicamente, este trabalho é o do Iniciado. Tal como a abelha recolhe o néctar das flores sem nunca as estragar, o Iniciado só se aproxima dos seres humanos para recolher as suas quintessências espirituais e, graças aos seus conhecimentos alquímicos, ele prepara no seu coração, na sua alma, um alimento com um gosto e um perfume deliciosos.
A abelha é, pois, um dos símbolos do Iniciado. Em cada alma humana, mesmo na dos seres com menos recursos ou pecadores, ele consegue sempre encontrar uma quintessência divina. E é com todas essas quintessências que ele produz o mel com o qual as entidades celestes também vêm deliciar-se."

Pensamento de 3 de Julho de 2016

"De onde vem o poder de um mago? Do facto de ele ser capaz de fornecer às entidades do mundo invisível a matéria-prima graças à qual elas entram em contacto com o plano físico e agem sobre ele. Consoante as suas preocupações, as suas atividades, ele liberta fluidos de uma determinada natureza e são esses fluidos que permitem às entidades tomar forma e agir.
Um ser animado de intenções criminosas atrai, pelas suas emanações, uma multidão de espíritos tenebrosos: eles acorrem para se alimentar de todos os miasmas que emanam dele e fazer mal. Não é o próprio homem que faz o mal, mas ele fornece os meios para isso, a matéria de que os outros se servirão.
E, inversamente, a presença de um mago branco fornece aos espíritos luminosos a matéria de que eles se servirão para levar bênçãos por toda a parte. Vós trabalhais para a luz, praticais o bem? Então, emana de vós uma matéria muito pura que as entidades celestes vêm recolher. Exatamente como as abelhas recolhem o néctar das flores para preparar o mel."

Pensamento de 20 de Novembro de 2013

"Toda a vida está submetida à lei da alternância, que é a lei dos contrários. De manhã, a luz afasta as sombras da noite, e ao fim do dia são as sombras que voltam a ganhar terreno... Poderemos dizer, por isso, que a noite se opõe ao dia e o dia à noite? Sim e não. Sim, porque a luz é o contrário das trevas, e não, porque o dia e a noite trabalham em conjunto para criar e manter a vida.

Antes de vir ao mundo, a criança passa nove meses oculta no seio da sua mãe. Para germinarem, as sementes devem permanecer um certo tempo debaixo da terra... Quanto às abelhas, elas forram a colmeia com cera porque precisam de escuridão para fabricar o mel, etc... Há imensos trabalhos que começam por ser feitos na escuridão antes de se tornarem visíveis! Luz e escuridão representam entidades, correntes, energias, que a Natureza utiliza para o seu trabalho."

Pensamento de 23 de Agosto de 2010




"A abelha é um símbolo do Iniciado que aprendeu a transformar, sublimar e iluminar tudo em si mesmo para preparar mel. A colmeia está nele e o mel são os elementos mais puros, mais subtis, exalados por todo o seu ser, as suas emanações.
Cada ser é chamado a procurar e a extrair uma quinta-essência de si mesmo a fim de a transformar em mel. Para isso, ele deve trabalhar com o intelecto, o coração e a vontade, pois o intelecto, o coração e a vontade são os instrumentos graças aos quais ele pode realizar tudo no seu alambique interior. E isso é também a verdadeira alquimia. O verdadeiro alquimista aprendeu uma coisa: como tornar-se uma abelha, como extrair o melhor de tudo o que se encontra na Natureza e, sobretudo, nos seres humanos. Ele olha-os, fala-lhes, e cada um deles é uma flor de que ele retirará o néctar para preparar mel."

Pensamento de 06 de Julho de 2008

"A tónica que, na nossa época, é posta no desenvolvimento do intelecto tem como consequência impelir os humanos a mostrarem-se críticos, intolerantes, agressivos. Sim, é essa a característica do intelecto: disseca, separa, estimula o individualismo e o confronto. É por isso que, apesar de todos os progressos que foram realizados graças ao desenvolvimento do intelecto, os humanos não são felizes. Para serem felizes, devem procurar desenvolver um outro princípio neles mesmos: a sua alma.
A alma só pode desenvolver-se na vida fraternal, na qual, quais abelhas reunidas para preparar o mel, todos trabalham para cumprir a vontade de Deus a fim de fazerem descer o Seu Reino à terra. Quando tiverem compreendido as devastações provocadas pelo desenvolvimento do intelecto em detrimento de faculdades que lhe são superiores, talvez os humanos se decidam a pôr a tónica nas trocas fraternais e nessa altura é que eles encontrarão a felicidade."

Omraam Mikhäel Aïvanhov

"Todos os problemas que os humanos procuram resolver têm a sua solução no grande Livro da Natureza. Neste sentido, as abelhas e as borboletas dão-nos a solução para o problema do amor. Como é que os humanos geralmente compreendem o amor? À maneira das lagartas, que comem as folhas das plantas. Mas, um dia, a lagarta torna-se borboleta e já não come as folhas, visita as flores sem as estragar, para se alimentar com o seu néctar. A abelha também se alimenta, mas com o néctar das flores, e depois mete-se ao trabalho para fazer o mel, que é o melhor dos alimentos. Como a borboleta, o Iniciado gosta de visitar as flores, quer dizer, todas as criaturas humanas, e o seu amor não as estraga, pois ele só retira delas uma gota minúscula de quinta-essência e, como as abelhas, ele fabrica nos seus laboratórios o mel que servirá de alimento ao mundo inteiro. Estais a ver? Todas as soluções estão na Natureza, é aí que é preciso ir procurá-las."

Pensamento de 16 de Agosto de 2005


quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Árvore Sefirótica

Muito cedo, eu quis ter um sistema destes e procurei em todas as direcções. Estudei o que ensinam as grandes religiões da humanidade, e o sistema que me pareceu ser o melhor – o mais vasto e, ao mesmo tempo, o mais preciso – foi na tradição judaica, na Cabala, que o encontrei: a Árvore Sefirótica, a Árvore da Vida.

A Árvore Sefirótica é, verdadeiramente, uma síntese do Universo, e para mim ela é a chave que permite decifrar os mistérios da Criação. Ela apresenta-se como um esquema muito simples, mas o seu conteúdo é inesgotável. E muitos dos episódios do Antigo e do Novo Testamento só podem ser interpretados à luz da Árvore Sefirótica. Os cabalistas dividem o Universo em dez regiões ou séfiras, correspondentes aos dez primeiros números (a palavra séphira, no plural séphiroth, significa numeração). Cada séfira é identificada por cinco nomes: o nome de Deus, o nome da própria séfira, o nome do chefe da ordem angélica, o nome da ordem angélica e, finalmente, o de um planeta.

Trata-se, portanto, de cinco planos distintos, e vós compreendereis melhor a sua natureza se souberdes que se pode estabelecer uma correspondência entre eles e os cinco princípios no homem: o espírito, a alma, o intelecto, o coração e o corpo físico; Deus corresponde ao espírito, a séfira à alma, o chefe da ordem angélica ao intelecto, a ordem angélica ao coração e o planeta ao corpo físico. 

Cada séfira é, pois, uma região habitada por uma ordem de espíritos luminosos que tem à cabeça um arcanjo, ele próprio submetido a Deus. É Deus, portanto, que dirige estas dez regiões, mas sob um nome diferente em cada região. Eis a razão por que a Cabala dá dez nomes a Deus. Estes dez nomes correspondem a diferentes atributos. Deus é um, mas manifesta-Se de modo diferente segundo as regiões. É sempre o mesmo Deus único, mas apresentado sob dez aspectos diferentes, e nenhum deles é inferior ou superior aos outros.

Os dez nomes de Deus são:

– Ehiéh 
– Eloha va Daath 
– Iah 
– Jéhovah Tsébaoth 
– Jéhovah 
– Elohim Tsébaoth 
– El 
– Elohim Gibor 
– Chadai El Haï 
– Adonai Mélekh 

As dez séfiras são: 

– Kéther: a Coroa 
– Hochmah: a Sabedoria
– Binah: a Inteligência
– Hesed: a Graça
– Géburah: a Força
– Tiphéreth: a Beleza
– Netsah : a Vitória 
– Hod: a Glória 
– Iésod: o Fundamento 
– Malkout: o Reino

Os chefes das ordens angélicas são: 

– Métatron: que participa no Trono 
– Raziel: segredo de Deus 
– Tsaphkiel: contemplação de Deus 
– Tsadkiel: justiça de Deus 
– Kamaël: desejo de Deus 
– Mikhaël: que é como Deus 
– H aniel: graça de Deus 
– Raphaël: cura de Deus 
– Gabriel: força de Deus 
– Uriel: Deus é a minha luz, ou então Sandalfon, que é interpretado como a força que une a matéria à forma. 

As ordens angélicas são:

– os Hayoth haKodesch: os Animais de santidade ou, na religião cristã, os Serafins 
– os Ophanim: as Rodas ou os Querubins 
– os Aralim: os Leões ou os Tronos 
– os Haschmalim: os Cintilantes ou as Dominações 
– os Séraphim: os Inflamados ou as Potestades 
– os Malahim: os Reis ou as Virtudes 
– os Elohim: os Deuses ou os Principados 
– os Bnei Elohim: os Filhos dos deuses ou os Arcanjos 
– os Kérubim: os Fortes ou os Anjos 
– os Ischim: os Homens ou a Comunhão dos Santos. 

Por fim, os corpos cósmicos, ou planetas, que correspondem ao plano físico, são: 

– Reschith ha Galgalim: os primeiros turbilhões 
– Mazaloth: o Zodíaco 
– Chabtaï: Saturno 
– Tsédek: Júpiter 
– Madim: Marte
– Chémesch: o Sol 
– Noga: Vénus 
– Kohave: Mercúrio 
– Lévana: a Lua 
– Aretz: a Terra ou, então, Olam Iésodoth , quer dizer, o mundo dos fundamentos. 

Os antigos, que só conheciam sete planetas, não colocavam na Árvore Sefirótica Úrano, nem Neptuno, nem Plutão. A Kéther eles faziam corresponder as nebulosas, os primeiros turbilhões – Reschith haGalgalim, e a Hochmah, o Zodíaco – Mazaloth. Pode manter-se esta atribuição, mas também se pode colocar Úrano ao nível de Hochmah, Plutão ao nível de Daath e Neptuno ao nível de Kéther. Os cabalistas chamaram a esta figura a Árvore da Vida precisamente porque o conjunto formado pelas séfiras deve ser compreendido tendo em conta a imagem da árvore. Como é feita uma árvore? 

Ela tem raízes, um tronco, ramos, folhas, flores e frutos, que são todos solidários uns com os outros. As séfiras estão ligadas entre si do mesmo modo, por vias de comunicação chamadas “sendas”. Estas sendas, em número de 22, são designadas pelas 22 letras do alfabeto hebraico:



As 22 sendas e as 10 séfiras são chamadas as 32 vias da Sabedoria, que, simbolicamente, estão colocadas em Hochmah.

As 32 vias da sabedoria ligam as 10 séfiras, cada uma com as suas 5 divisões; por isso, a Cabala diz que elas conduzem às 50 portas da Inteligência que são atribuídas, simbolicamente, à séfira Binah. Para abrir portas é preciso possuir chaves. E a verdadeira chave na Ciência Iniciática é o conhecimento do próprio homem. 

O Iniciado pode conhecer tudo porque se conhece a si mesmo. Em algumas representações, alguns frascos egípcios, por exemplo, o Iniciado segura na mão uma espécie de chave com uma forma idêntica ao símbolo de Vénus. Este símbolo representa, esquematicamente, o ser humano, com a cabeça, os braços afastados e as pernas unidas. O Iniciado possui a chave que lhe permite conhecer-se, e, ao conhecer-se, ele conhece todo o Universo e pode abrir as portas de todas as regiões.


A Árvore Sefirótica representa um sistema de explicação do mundo, de natureza mística. As suas bases são milenares. Evidentemente, os espíritos excepcionais que o conceberam não possuíam telescópios, nem sequer lunetas astronómicas. Pela meditação, pela contemplação, graças a uma vida interior intensa, eles conseguiram captar uma realidade cósmica que traduziram com a ajuda de imagens e relatos simbólicos. É esta tradição, sempre retomada, sempre meditada ao longo dos séculos, que, no essencial, chegou até nós. A Árvore Sefirótica não é, pois, uma descrição exacta do nosso Universo, o que explica a ausência de certos planetas, a posição do sol, etc...

Mas voltemos às dez séfiras. Porquê dez? Por-que este número representa uma totalidade, um conjunto acabado. Séfira, eu já vos disse, significa numeração. É a partir dos dez primeiros números que todas as combinações numéricas são possíveis. Deus criou primeiro dez números, as dez séfiras, e com esses dez números Ele pode criar outros números, isto é, existências até ao infinito. Os cabalistas mencionam, embora muito raramente, uma décima primeira séfira: Daath, cujo nome significa “Saber”. Eles colocam-na entre Kéther e Tiphéreth, mas ela não figura geralmente nas representações da Árvore Sefirótica.

Por fim, para lá da séfira Kéther, os cabalistas colocam uma região a que eles chamam Aïn Soph Aur: luz sem fim, que é a região do Absoluto, de Deus não manifestado. Para os cabalistas, o Universo é uma unidade de que a Árvore Sefirótica é a expressão perfeita. Mas, nesta unidade, eles distinguem várias regiões. Uma primeira divisão faz aparecer 4 planos.

De cima para baixo, esses planos são:

– Olam Atsiluth ou mundo das emanações, formado pelas séfiras Kéther, Hochmah e Binah 

– Olam Briah ou mundo da criação, formado pelas séfiras Hesed, Géburah e Tiphéreth ; 

– Olam Iétsirah ou mundo da formação, composto pelas séfiras Netsah, Hod e Iésod; 

– Olam Assiah ou mundo da acção, formado só pela séfira Malkout. 

Também aqui existe uma hierarquização entre o mundo de cima e o mundo de baixo, que tem igualmente a sua correspondência no ser humano. 

– A Olam Atsiluth corresponde Neschamah, quer dizer, o plano divino da alma e do espírito. 

– A Olam Briah corresponde Ruah, quer dizer, o plano mental, o intelecto. 

– A Olam Iétsirah corresponde Néphesch, quer dizer, o plano astral, o coração. 

– A Olam Assiah corresponde Guph, o corpo físico. Uma outra repartição faz aparecer três pilares. 



– À direita, o pilar da Clemência, denominado Yakîn, que é uma força positiva, activa e que compreende as séfiras , Hochmah, Hesed e Netsah . 

– À esquerda, o pilar do Rigor, denominado Boaz, que é uma força feminina, passiva, e que compreende as séfiras Binah, Géburah e Hod. 

– Por fim, o pilar central, que equilibra os outros dois, é composto pelas séfiras Kéther, Daath, Tiphéreth, Iésod e Malkout. 

Esta divisão exprime a ideia de que o Universo é governado pelos dois princípios antagonistas, o masculino e o feminino, a atracção e a repulsão, o amor e o ódio, a clemência e o rigor, e que, para se harmonizarem, essas forças devem encontrar-se no centro.

Omraam Mikhäel Aïvanhov
In Do homem a Deus - Séfiras e Hierárquias Angélicas - Cap.2